Turismo Sustentável
O turismo de lazer, baseado em patrimônios naturais, históricos ou culturais é o que mais se adequa ao conceito da sustentabilidade.
A atração que atende às necessidades ou anseios das gerações atuais de turistas poderá não existir no futuro, portanto, não atendendo às gerações futuras.
Decorre da degradação ou destruição da atração pelo seu uso intensivo, ou pelas visitas descuidadas, predatórias.
Além dos cuidados com a atração turística em sí, é preciso cuidar de todos os impactos das visitas ao longo da cadeia produtiva.
Um dos maiores problemas está na hospitalidade. Significa o atendimento ao turista, o que implica, além de investimentos físicos para o alojamento e alimentação, na presença do ser humano.
Essa presença, na perspectiva da "turismologia" significa necessidade de capacitação para atendimento aos turistas, geração de trabalho e de renda. Mas, em geral, deixa-se de ver os efeitos negativos, que precisam ser conhecidos, avaliados e, quando possível, controlados.
A presença do turista num determinado local, significa uma injeção de renda externa, isso é, uma renda gerada em outra localidade que o turista vem gastar no destino turístico.
Essa renda é gasta com a sua movimentação ao local de destino, com a sua hospedagem, com a alimentação, com os serviços e com as compras - tanto de produtos locais, regionais ou de outras procedências.
A renda recebida pelo agente primário é transferida para os fornecedores desse agente primário. Assim, se o turista se chega ao destino, ou se circula na área, com ônibus fretado, o seu pagamento irá para o operador, como para as montadoras do veículo (chassis e carroceria), como para o fornecedor do combustível e para o motorista e para o guia.
O dinheiro gasto numa localidade, dentro da sequencia da cadeia produtiva, poderá ir para lugares impensados pelo turista ou pelos agentes. Ele, por acaso, pensaria que num prosaico "tour", pagando uma quantia ao operador, uma parcela dessa quantia iria parar na Nigéria, um fornecedor de petróleo para o Brasil?
Se o guia é local (o motorista, em geral não) ele recebe um salário ou uma remuneração, para pagar o aluguel da casa, a sua alimentação e outras despesas locais, movimentando a renda local.
Da mesma forma, os empregados do hotel ou da pousada, recebendo os seus salários vão gastar parte no local. Os vendedores de produtos locais irão ganhar com a venda e, além de repor os insumos, poderão consumir mais coisas locais e todo esse mecanismo de transferência de renda, movimenta a economia local, e pode promover o seu desenvolvimento, a melhoria das condições de vida da população local.
Esse é o lado positivo. Mas existe o outro lado.
Com a renda auferida na cadeia produtiva do turismo, a população local pode deixar outras atividades e passar a depender apenas do fluxo originário de renda trazida pelos turistas. Essa, em geral, é sazonal, e a população local não sai da sua condição de pobreza. Com um agravante: o fluxo turístico gera uma valorização imobiliária e promove uma realocação da população. Os menos favorecidos vão formar ou ampliar as favelas.
Essas favelas, com o seu crescimento, vão afetar a qualidade da atração e provocar até o seu abandono.
Se a atração traz um surto turístico, em área pobre e de ocupação populacional rarefeita e, portanto, com mão-de-obra de atendimento insuficiente, logo se promove a imigração (expontânea ou provocada) e essa população adicional vai se favelizar.
A sustentabilidade de uma atração turística não está apenas nos cuidados ambientais, mas na repercussão humana e social que a renda trazida pelos turistas sobre a economia local e sobre os assentamentos dos que participam do repartilhamento dessa renda.
A atração que atende às necessidades ou anseios das gerações atuais de turistas poderá não existir no futuro, portanto, não atendendo às gerações futuras.
Decorre da degradação ou destruição da atração pelo seu uso intensivo, ou pelas visitas descuidadas, predatórias.
Além dos cuidados com a atração turística em sí, é preciso cuidar de todos os impactos das visitas ao longo da cadeia produtiva.
Um dos maiores problemas está na hospitalidade. Significa o atendimento ao turista, o que implica, além de investimentos físicos para o alojamento e alimentação, na presença do ser humano.
Essa presença, na perspectiva da "turismologia" significa necessidade de capacitação para atendimento aos turistas, geração de trabalho e de renda. Mas, em geral, deixa-se de ver os efeitos negativos, que precisam ser conhecidos, avaliados e, quando possível, controlados.
A presença do turista num determinado local, significa uma injeção de renda externa, isso é, uma renda gerada em outra localidade que o turista vem gastar no destino turístico.
Essa renda é gasta com a sua movimentação ao local de destino, com a sua hospedagem, com a alimentação, com os serviços e com as compras - tanto de produtos locais, regionais ou de outras procedências.
A renda recebida pelo agente primário é transferida para os fornecedores desse agente primário. Assim, se o turista se chega ao destino, ou se circula na área, com ônibus fretado, o seu pagamento irá para o operador, como para as montadoras do veículo (chassis e carroceria), como para o fornecedor do combustível e para o motorista e para o guia.
O dinheiro gasto numa localidade, dentro da sequencia da cadeia produtiva, poderá ir para lugares impensados pelo turista ou pelos agentes. Ele, por acaso, pensaria que num prosaico "tour", pagando uma quantia ao operador, uma parcela dessa quantia iria parar na Nigéria, um fornecedor de petróleo para o Brasil?
Se o guia é local (o motorista, em geral não) ele recebe um salário ou uma remuneração, para pagar o aluguel da casa, a sua alimentação e outras despesas locais, movimentando a renda local.
Da mesma forma, os empregados do hotel ou da pousada, recebendo os seus salários vão gastar parte no local. Os vendedores de produtos locais irão ganhar com a venda e, além de repor os insumos, poderão consumir mais coisas locais e todo esse mecanismo de transferência de renda, movimenta a economia local, e pode promover o seu desenvolvimento, a melhoria das condições de vida da população local.
Esse é o lado positivo. Mas existe o outro lado.
Com a renda auferida na cadeia produtiva do turismo, a população local pode deixar outras atividades e passar a depender apenas do fluxo originário de renda trazida pelos turistas. Essa, em geral, é sazonal, e a população local não sai da sua condição de pobreza. Com um agravante: o fluxo turístico gera uma valorização imobiliária e promove uma realocação da população. Os menos favorecidos vão formar ou ampliar as favelas.
Essas favelas, com o seu crescimento, vão afetar a qualidade da atração e provocar até o seu abandono.
Se a atração traz um surto turístico, em área pobre e de ocupação populacional rarefeita e, portanto, com mão-de-obra de atendimento insuficiente, logo se promove a imigração (expontânea ou provocada) e essa população adicional vai se favelizar.
A sustentabilidade de uma atração turística não está apenas nos cuidados ambientais, mas na repercussão humana e social que a renda trazida pelos turistas sobre a economia local e sobre os assentamentos dos que participam do repartilhamento dessa renda.
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